sábado, 12 de março de 2011

A menina e os seguranças

 


Imaginem a cena: Sábado a tarde, shopping lotado e uma garotinha de aproximadamente cinco anos sendo perseguida por quatro seguranças.

Primeiro uma mulher falando ao rádio saiu da escada rolante e passou a correr atrás da “fugitiva”; em seguida outro segurança se aproximou para cercar a menina e ao nosso lado mais um solicitava auxílio de outro colega.

Como não podiam usar a força para detê-la (era apenas uma menina), tentavam cercá-la até a chegada da mãe. Enquanto fugia dos seguranças notamos que estava se divertindo com aquilo; encurralada, entrou em uma livraria onde prontamente os quatro seguranças fizeram um “cordão de isolamento” na porta até que chegou a mãe.

A menina corria de um lado a outro, perseguida pela mãe, que já mostrava cansaço, irritação e muita vergonha com a situação. Mesmo após a mãe pegar a menina pelo cabelo, ela continuava se divertindo; ria muito e debochava da mãe o tempo todo.

Cenas semelhantes são rotina em supermercados, lojas, shoppings ou qualquer lugar público, nem todas tão extremas quanto esta, mas é comum vermos pais perdendo o controle sobre os seus filhos que já não respeitam mais seus pais. Aquela cena em especial nos fez refletir; apesar de um pouco engraçada, é muito triste sob o ponto de vista dessa mãe, humilhada na frente de todos por sua filha. Pobre mãe...

Pobre mãe ou será pobre filha... Será que vivem em um lar saudável, teve disciplina ou nunca teve limites e quando tinha 2 anos a mãe dizia: “Ela tem personalidade forte”, enquanto dava tudo o que a menina pedia para ela parar de chorar. E o pai? Estava presente? Dividia com a mãe a educação dos filhos, conversou com a filha sobre os limites e conseqüências da desobediência, exercia a autoridade com amor?

Será que essa menina já nasceu assim? Rebelde, irônica, debochada, sem respeito algum? Ou aprendeu isso com alguém próximo? Será que essa já era a natureza da “pestinha”? Os pais são inocentes ou tem responsabilidade nisso? Ela só quer chamar a atenção?

E por fim cabe uma grande pergunta de natureza econômica: A nova geração de pais e filhos vai forçar a contratação de mais seguranças em shoppings?

As respostas estão com vocês...
 

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