segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Errar é humano

Leonard Mitchel foi um grande jogador de basquete da primeira divisão na Espanha. Nos primeiros dias em seu novo clube, os diretores lhe deram um carro para ir aos treinos, que se realizavam a 40 quilômetros de onde morava. A primeira vez que chegou com o carro disse ao presidente: “vou comprar um carro para mim, porque este anda muito devagar e solta muita fumaça”. O presidente estranhou porque o carro era novo e muito caro, mas quando o viu, compreendeu tudo. Leonard nunca tinha dirigido um carro com câmbio manual e foi, desde a sua casa até o centro de treinamento, na primeira marcha e, logicamente, sem conseguir passar dos 50 km/h. Todos os carros que havia dirigido eram automáticos.

Espere aí! Não fique rindo tanto do pobre Leonard. Se todos soubessem daquela vez que você… Sim, todos nós “pisamos na bola”. Não existe uma só pessoa no mundo que não tenha cometido erros na vida e o perigoso não é errar: o realmente perigoso é não reconhecê-lo.

Somos especialistas em culpar alguém por nossos equívocos desde o tempo de Adão, que reagiu colocando a culpa em sua mulher (a mulher que me deste…). A história está cheia de pessoas que nunca souberam reconhecer seus erros. Quantas vezes você ouviu estas palavras: “Eu não sabia…”, “Foi ele, que…”, “Não pude evitar…”, “Se alguém tivesse me dito…”, “Qualquer um, na minha situação, teria feito o mesmo…”, “Eu sou assim…” Centenas e centenas de vezes a gente inventa qualquer coisa antes de reconhecer nossos próprios erros.

Deus diz que os “pobres de espírito” são felizes. Uma pessoa pobre de espírito é aquela que sabe que precisa aprender, que é capaz de reconhecer seus erros, que é capaz de pensar em toda situação que talvez seja ele a pessoa errada. Todos os sábios são de certa maneira “pobres de espírito”, porque um sábio é aquele que sabe consertar seus erros.

Nossa capacidade para crescer na vida espiritual depende de sermos capazes de reconhecer e corrigir nossos equívocos. Nossa capacidade para vencer o inimigo depende de sabermos enxergar nossos pontos fracos, pedir a Deus que os transforme e considerar que, em muitas situações, os erros são nossos. Como Deus nunca vai cometer um erro, é melhor que sejamos sábios e diante de qualquer situação duvidosa nos perguntemos: “Eu me equivoquei?”

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